quarta-feira, 23 de novembro de 2011

A Dificuldade de ser Cristão

                Hoje tive uma experiência que me fez parar e pensar um pouco. Estava voltando do meu estágio, quando vi um cara com o carro parado, triangulo armado e pisca alerta ligado. Não pensei duas vezes, ofereci ajuda ao homem. Você que está lendo deve estar pensando: e daí? O que realmente me fez pensar, não foi a situação em si, mas eu.
                Creio que eu não sou o único, mas no diz respeito à vida cristã, inverto aquela famosa frase: quer ser a diferença, comece em casa. Fico muito triste comigo mesmo quando estou num acampamento, num trabalho da igreja, ou por aí e sou extremamente disposto e prestativo enquanto em casa, reclamo e enrolo pra lavar uma louça.
                Não entendo o que faz com que seja tão difícil ser crente no meu espaço. Como é difícil então quando estou só! Ouço tanto nas programações sobre ser sal e luz diante dos outros, mas particularmente isso é simples. O complicado é quando tenho que enfrentar a mim mesmo. Enfrentar outros é fácil, mas quando enfrentamos nossas próprias fraquezas, nossos medos, nossas falhas, aí sim, tendemos ao solo.
                Talvez devamos para de pensar tanto nos outros e buscarmos ser, pois então poderemos realmente brilhar diante de Deus e dos homens. Porque o que vale mais? Estar bem diante de Deus ou dos homens?

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Igreja e Preconceito I

Uma reportagem feita pelo CQC me inspirou a escrever esse texto. Meio curiosa essa fonte não? Bom, vamos ao que interessa. Esse é um tema que já abordei em outros textos com outras temáticas, onde este estava imerso no universo da ocasião, como no texto em que cito a igreja americana do período do apartheid.
A igreja deste período era uma igreja carregada de preconceitos e disto ninguém tem dúvida, nem diz o contrário. Mas tem uma frase bem clichê, que diz que um povo que não conhece sua história, tende a repetir os erros do passado. Parece que não se adapta aos cristãos. Pois conhecem esse fato vergonhoso da história, mesmo ela não ocorrendo em todo o mundo, mas parece que não aprenderam nada com ele.
Não estou dizendo que o racismo impera nas igrejas, apesar de existir. Quero me ater mais ao Brasil mesmo. Na entrevista, alguns dos entrevistados classificavam uma pessoa de um local especifico como sendo isso ou aquilo. E a maioria dos que classificavam as pessoas sequer tinha uma explicação para seu julgamento e nem sabiam o porquê de o terem feito.
A igreja que viveu o apartheid, passou por um momento cultural de seu país que influenciava o seu modo de pensar e agir. Na visão deles as coisas eram como eram, estavam como tinham que estar. Era difícil para aquela sociedade enxergar que o pensamento em que viviam era baseado numa mentira.
Então você me pergunta: tá, e cadê a ligação entre essas informações e a nossa igreja? Eis aqui a minha resposta: nós fazemos a mesma coisa. Quantas coisas da nossa cultura nós temos interiorizadas e não questionamos?
Muitas vezes temos certas ideias que nos fazem julgar os outros e descrimina-los, seja sobre pecados, etnia, opiniões teológicas, denominação, sexo, altura, idade etc. Nossa cultura tem seus dogmas sociais que são aceitos muito facilmente pela sociedade, mas e daí? O que isso tem a ver com a igreja?
É fato que para os brasileiros é muito difícil olhar para alguém da favela e não sentir receio, ver um argentino e não ter raiva, um paulista achar que o nordestino é pedreiro, sendo o baiano folgado entre outras coisas. Achamos que todos na África morrem de fome, que todo árabe é barbudo e fanático. Esses são exemplos de opiniões que muitas vezes, querendo ou não, estão dentro das nossas cabeças. Mas e aí?
Bom, em breve seguiremos com esse tema, pois o texto já está bem grande.

domingo, 16 de outubro de 2011

Meras Repetições


                Dessa vez não venho falar sobre crianças, vou mudar a inspiração, mas de certa forma elas têm a ver, pois venho falar sobre (como diz o título) repetições. Essa semana estava pensando enquanto ouvia uns podcasts cristãos, de como não só eu, mas vários outros blogs têm falado sobre os mesmos temas.
                Lembrei na hora da música de um dos meus ícones de músico cristão, o João Alexandre, “É Proibido Pensar”. Lá há um trecho que diz que são “meras repetições, repetições...”. E então me coloquei num dilema: será que estamos todos falando uma besteira comum? Estamos falando ao vento? Ou será que várias pessoas, apesar de vários alertas ainda se iludem?
                Mas acho que uma provável resposta para essa indagação, está nas palavras de Jesus, quando ele diz que nos últimos dias, surgiriam falsos profetas que enganariam a muitos. Esses lobos em pele de cordeiro, muitas vezes usam da inocência e/ou da fé de muitos para ter poder e dinheiro.
                Apesar de ver que esse quadro é real e que muitos realmente não terão como serem resgatados dessas mentiras que nos são pregadas, só posso seguir me inspirando em Paulo, confiante de que devo pregar o que as escrituras realmente dizem ou nos indicam, pois fui liberto para servir a Deus.
                Pensando por essa ótica, digo que o que prego, não é apenas uma mera repetição. Assim como tantos outros, prego, ou pelo menos busco, a palavra de Deus e as meras repetições, estão naqueles que copiam outros, que falam o que está na moda, que distorcem a palavra de Deus em seu benefício próprio. Eles que são quem apenas repetem e repetem mentiras, pois a palavra verdadeira de Deus, sempre se renova, assim como sua misericórdia e seu amor.

domingo, 2 de outubro de 2011

Fruto da Carência

               Dessa vez o assunto não são as crianças do meu estágio hahaha. Mas novamente crianças são o que me levou a escrever esse texto. Essa semana que passou, comecei a lecionar numa escola da prefeitura aqui de Campinas, num bairro periférico.
                Achei a experiência bem menos complicada do que falavam que deveria ser, mas foi também apenas o primeiro contato que tive com aquelas crianças. Mas neste primeiro contato, pude sentir algo que me chamou muito a atenção. É incrível a fome que eles têm por arte, por atenção e por carinho.
                A turma do quinto ano, como já era de se esperar, é um pouco mais complicada que o pessoal do quarto, mas foi nessa turma onde ficou mais evidente isso. Durante um dos momentos de exaltação do som das flautas e das conversas, um dos meninos gritou para a turma: pô, nunca tivemos aula de música e agora que temos vamos desrespeitar o professor!?
                Muitas vezes durante minha vida, pensei como o povo de periferia gosta d música “ruim” porque “são tudo ignorante” e pior que é verdade, mas é uma verdade triste. Hoje em dia, percebo como eu via de modo errado essa verdade, pois via isto como um defeito deles, sendo que na verdade é um erro dos ditos cultos.
Temos toso o acesso à cultura dita como superior, artística, nobre etc. Mas e aí, fazemos o que com ela? Guardamos para nós e dizemos que quem não tem é inculto, ignorante e coisas do gênero, mas não damos nenhuma oportunidade aos outros de terem essa oportunidade. Fechamo-nos em nichos culturais que se dizem superiores e não permitimos que os “diferenciados” entrem.
           Fiquei envergonhado de mim mesmo, mas também penso por outro lado: quantas vezes os cristãos não fazem o mesmo? Tem a verdade na mão, o caminho para a vida eterna e fazem o que com ela? Guardam dentro de suas teologias, de seus templos e simplesmente rotulam os outros como condenados ao inferno, sem ao menos darem a eles a chance de conhecerem a verdade. Fica aí a reflexão para nós.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Detalhes

                Mais uma vez vou falar sobre as crianças. Vocês devem estar pensando: esse cara não tem mais o que falar não? Mas isso ocorre porque tenho estado muito em contato com elas no meu estágio. O que vou falar tem muito a ver com uma postura que temos no nosso dia a dia.
                Hoje na aula, estava com meu computador mostrando para eles alguns vídeos de orquestras e umas partituras. Os menores ficaram fascinados e em nenhum momento tiravam os olhos do monitor, apesar do baixo volume, já a classe dos mais velhos dispersou muito facilmente. Em menos de dois minutos eles já estavam fazendo as mais diversas coisas.
                Ao voltar para a casa, durante minha caminhada, comecei a me lembrar do que o pastor falou sobre o que aprendemos a cada dia. E nesse dia posso dizer que realmente aprendi algo novo. Assim como as crianças, muitas vezes nós que somos mais experientes em algo, costumamos não dar toda a atenção a muitas coisas a nossa volta. É bem comum fazermos as coisas na inercia, sem pensarmos no que está acontecendo.
                Quantas vezes não fui a uma aula que por tratar de algo que já dominava, não prestei atenção e perdi a chance de poder rever alguns detalhes que podem vir a ser muito importantes... E quantas palavras não ignorei por ser “velho” de cristianismo? É uma tendência natural esse relaxamento, mas parei e pensei: até que ponto esse relaxamento é só natural? E quando ele começa a me prejudicar?
                Provavelmente essas questões não serão respondidas por mim, mas o que posso dizer é que vale a pena se pensar nessas coisas, pois afinal, como diz a teoria do caos: O bater de asas de uma borboleta em Tóquio pode provocar um furacão em Nova Iorque. Então, é sempre bom estarmos ligados a tudo, pois é nos detalhes que ignoramos que surgem os grandes problemas.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Banho de Lua

                Sempre fui um cara muito romântico, apesar de nunca ter tido a quem demonstrar isso. E durante minha adolescência, durante meus amores platônicos, uma das coisas que mais fazia era durante a noite ir para um lugar onde pudesse ficar sossegado, principalmente em acampamentos, e ficar um bom tempo olhando a lua, admirando sua beleza, o cosmo com suas constelações e filosofando sobre o amor (bem ultrarromântico eu diria).
                Esses dias, voltando pra casa da faculdade, após descer do ônibus, fui surpreendido por uma imensa lua e muito laranja. Parecia até efeito de cinema pra dar dramatismo. Era realmente um luar como a muito não via. E foi aí que me toquei: há quanto tempo não paro pra ver a lua?! A cada dia que passa, nossas vidas estão mais e mais agitadas e parece que o tempo voa, numa constante maior do que há 10 anos. Parece que assim como no Click, nossa vida corre conosco em stand-by. Não vivemos, apenas estamos na vida.
                Se eu fosse físico, sem dúvidas iria seguir uma área de astrofísica. Sou realmente apaixonado por astros, luas, corpos celestes, planetas etc. E ver aquela lua naquele momento rotineiro, me fez querer sair um pouco da minha rotina e voltar a parar um pouco no meu dia para apenas poder olhar para a natureza. Muitos podem dizer que fazer algo assim é perda de tempo, mas será que é mais do que correr durante o dia todo pra ter que correr mais?
                A bíblia diz que a natureza clama ao Criador. E vejo que a natureza o faz, apenas sendo ela mesma, sem nenhum esforço, somente tendo a beleza que recebeu do Pai. Acho que nós devíamos começar a fazermos isso um pouco. Louvarmos ao Senhor como somos, por ser como somos, afinal foi assim que Ele nos fez e nos ama.
               Ao olharmos para uma flor, podemos aprender muitas coisas, além de sermos encantados por sua beleza e isso ocorre com toda a obra de Deus. Só queria propor que nós paremos de correr um pouco no nosso dia para ouvirmos a voz do Pai na sua criação.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

O Espelho

                Semana passada, tive uma experiência bem interessante no meu estágio. Mais uma vez estou com turmas de educação infantil e as crianças sempre me surpreendem e me ensinam ou lembram coisas básicas da vida. Nessa semana, o que aconteceu que me chamou a atenção, foi algo muito simples e singelo, mas que me fez pensar um pouco. Estávamos eu a professora e as crianças com pequenas clavas. Após a atividade, simulei uma virada na bateria com elas. Um dos alunos viu e vez exatamente igual.
                Quando vi como o “Be” me imitava, me toquei de um detalhe muito simples, básico sobre educação: os alunos se espelham nos seus professores. Mas isso não é só no âmbito educacional, em praticamente todos os lugares, os mais novos vão espelhar-se nos mais experientes. E aí entra um ponto que deve ser levado em conta por quem é o espelho, ou pelo menos está em situação que inspire esse quadro: que tipo de imagem você está passando para quem olha pra você?
                Posso parecer pretencioso ao fazer essa pergunta, mas ela é direcionada primeiramente a mim, pois sei como é difícil se lembrar disso a todo o momento. Mas sem dúvida é necessário pensar nesse tipo de coisa afinal se levamos alguém à morte por nosso mau exemplo, seremos culpados por esse sangue inocente.
                Ser exemplo e espelho para alguém é sem dúvida um grande privilégio, mas ao mesmo tempo uma responsabilidade imensa. Se você acaba tendo um papel desse tipo na vida de alguém, tome muito cuidado com o tipo de imagem que passas e que representa.

domingo, 4 de setembro de 2011

Família êh! Família ah!

                Estava começando uma série, mas um texto que me veio à mente, fez com que eu mudasse os planos. Não sou do tipo noveleiro, apesar de ter tido a minha época, mas tenho mania de ver os últimos capítulos das novelas, talvez por ser onde há alguma graça e por ver a obviedade dos autores.
                Mas a última novela só me deu raiva. Foi durante a novela toda irmão querendo matar o outro, pai que não sabia que o era, divórcios, filhos sem pais, filho contra pai etc. Então, na cena final, tem uma galera comemorando não lembro oque e eis que surge uma senhorinha falando o quão importante é a família. Como podem massacrar a família durante uns 5 messes e depois lançar um discurso legalista desses?
                Nos escritos mais importantes do mundo, a família é tida como a base da sociedade, seja ela civil, religiosa etc. Nas sociedades antigas, eram elas que formavam os clãs. Não conheço uma cultura que não tenha apoio familiar.
                Na bíblia, a família foi o principio da humanidade. Tudo começou com um casal e é na família que os judeus aprendem a serem judeus, no islã, a família tem tanta ou até mais importância, o mesmo ocorre no hinduísmo.
                Mas hoje em dia, cada vez mais, a família é atacada por todos os lados. É divórcio que fica fácil, é hedonismo levando as pessoas a quererem só o seu prazer, sem pensar em fazer bem a outrem, é o medo de relacionamentos físicos, estimulado pelas redes sociais, lei que atrapalha os pais de educarem os filhos, um sistema que leva os pais a verem os professores como babas, jogando para eles o seu dever de educar os filhos entre tantas outras coisas.
                A família é a base da sociedade em que vivemos e é preciso cuidar dela, não simplesmente aceitar o estado em que ela tem sido posta. Sem a família, temos uma formação confusa, é difícil um menino ser um homem sem ter um modelo de homem e o mesmo vale para a menina. O principio de vivencia comunitária também é a família.
                Esse é um tema que gera muito assunto e a minha ideia aqui é dar só uma pincelada para estimular o pensar, então vou ficar por aqui.

sábado, 20 de agosto de 2011

Influências I

Hoje (na verdade ontem, era antes da meia noite) estava com vontade de escrever, mas não sabia sobre o que escrever. Uma amiga sugeriu que escrevesse algo sobre a influência que crentes sofrem dos outros, mas assim: todo mundo em toda e qualquer igreja fala sobre isso com seus jovens e adolescentes. Falar o que todos falam acho que talvez não seja muito útil, apesar de que o assunto que abordarei não é de todo inédito no blog.
Gosto muito de podcasts e como todo bom NERD, ouço o Nerdcast, que é um “pod” cuja temática satisfaz em grande parte a esse público. Em um de seus programas, eles comentam sobre pessoas que surgiram na mídia e hoje em dia “sumiram”. Um comentário que eles fazem, é que vários desses antes de sumirem novamente na sombra do anonimato, fizeram filmes pornôs e depois se diziam evangélicos.
Um comentário como esse, me faz pensar em que tipo de influência os cristãos estão causando no mundo. Será que realmente a luz tem brilhado? Ou será que isso virou um símbolo de status? De modismo? Mas o comentário não parava nisso. Ele seguia com o pessoal do programa zombando os outros dizendo que quando o programa acabasse eles não virassem evangélicos.
Quando era criança, quando alguém se dizia “crente”, era uma pessoa referência, pois os que assim se intitulavam eram em sua maioria, pessoas que tinham uma crença sincera e buscavam honra-la. Diferente de muitos que se diziam católicos, mas só entravam numa igreja para casamentos, batizados, missas de sétimo dia e outros sacramentos. Nunca para buscarem a Deus. Mas nos dias atuais, o que vejo é o caminho inverso. Cada vez mais os que têm se mantido na Igreja Católica são os que realmente creem nela, enquanto as evangélicas incham com pessoas que seguem a tendência.
Preocupamo-nos tanto com a influência dos outros em nós, que tantas vezes, esquecemo-nos de refletir um pouco sobre a nossa influência neles. Esquecemos que devemos mostrar um caminho real a eles. E é sobre esse ponto que abordaremos na sequência desta nova série.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Sexo sim!

Estava assistindo um filme chamado os viajantes do tempo e teve uma frase que me chamou a atenção. Ela o corre num contexto em que o protagonista esta com sua noiva. Ele fala com ela quando uma das servas dela lhe diz: Não entre em desgraça antes do casamento.
                O que mais me chama a atenção nessa situação, não é a cena em si, mas o conceito nela inserida. A forma como o sexo era visto na época medieval realmente era essa: uma maldição a qual o ser humano está condenado. Muitos criam até que o pecado original era o ato sexual entre Adão e Eva. E a igreja pregava essa visão que condenava o sexo.
                Mas o principal motivo da fala citada no principio do texto me chamar à atenção é que até hoje há muitas pessoas de dentro da igreja ainda tem essa visão deturpada sobre o sexo. Muitas vezes, isso é fruto de uma prisão de dogmas religiosos. A pessoa cresce e vive ouvindo que não deve transar, que é pecado o ato sexual e quando casa, não consegue ver a relação como algo saudável que faz parte da vida. Sempre lhe foi dito que era errado, mas nunca o porquê.
                Não estou pregando aqui a imoralidade sexual, nem a libertinagem, mas sim a liberdade. O que quero trazer aqui é a instigação à reflexão sobre o assunto. Creio também que o sexo é uma benção para ser celebrado no matrimônio, mas a forma como lidamos com ele num contexto antes do casamento, muitas vezes escraviza muitos jovens numa repressão sexual até hoje.
                Como diz uma propaganda: Sexo é vida. E quando é feito da maneira que Deus criou-o para ser é pleno. Segundo o Jasiel Botelho, o orgasmo é uma amostra da eternidade. Acho que deve ser mesmo, afinal é a sensação máxima de prazer físico, psicológico e sentimental que um humano pode ter. Então concluo com apenas com um pedido: use sua sexualidade de maneira sadia e correta segundo a palavra de Deus.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Tetélestai

  Estou há um tempo sem escrever, é fato. Mas é por causa de outros projetos que tenho feito, neste mês em especial foi devido à temporada de inverno do JV (Jovens da Verdade), onde passei uns 20 dias.   Escreverei justamente sobre o que passei lá. Cheguei ao acampamento me torturando um pouco por meus pecados, pela maneira como estava vivendo minha vida, meu lidar com a fé.
 Mas quando quer, Deus faz acontecer. Aprendi uma palavra que sem dúvida alguma está incorporada ao meu vocabulário: tetélestai. Esta palavra tem origem grega e significa está consumado. Na cruz, Jesus disse essas palavras antes de expirar.
 Aprendi que não tenho que fazer nada, não adianta eu fazer nada, pois tetélestai. Já está feito, estou liberto. O preço foi pago já.
 Outra coisa que aprendi é que sendo bonzinho ou malzinho, tetélestai, pela graça foi pago. E pela graça sou livre para ser eu, apesar dos meus pecados, apesar de meus medos, das minhas dúvidas, da minha fraqueza.
 Tetélestai. Foi caro, mas por causa disso posso integrar a rede social de Deus e apresentar diante dele meu perfil real.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Bem-Vindos a Bolha VII

No mês passado, escrevi sobre a temática da "Bolha" e hoje estou a concluir esse tema, fazendo uma breve visão bíblica sobre o assunto.
Bom, como já disse nos textos anteriores, é cada vez mais comum a igreja se isolar do mundo, colocando-se dentro de uma bolha de proteção “anti-mundo”. Citei que algumas vezes, isso pode ser fruto de estratégias de homens que veem nisso uma boa forma de ganhar dinheiro, outras tantas, é feita na intenção de proteger a igreja das tentações, mas também pode ser fruto de uma acomodação (esse não foi citado antes).
E o que a bíblia nos diz sobre essas coisas? Bom só posso dizer que isso é condenado pela palavra de Deus. A igreja foi separada do mundo para estar no meio deste. Meio confuso não? Mas depois de ser explicada, essa frase faz sentido.
"Não peço que os tire do mundo, mas que os livre do mal." (João 17:15) Essa frase abre a explicação da frase a cima. Jesus ao dizer isso, deixa claro que Ele nos separou do pecado do mundo, do nosso próprio mal, mas para que?
Ao observarmos a vida de Jesus (JC) vemos que ele em nenhum momento se isolou do mundo, pelo contrário. Era mais fácil vê-lo com pecadores do que com os fariseus. Ele frequentava o templo, era fiel à palavra de Deus, mas não vivia em um mundo paralelo para cumprir suas obrigações de fé. Algumas vezes ele foi até questionado por cumprir a essência, não a letra da religião.
Em Atos 10, a partir do versículo 9, vemos a visão de Pedro. Num tempo em que a igreja apostólica estava acomodada em Jerusalém, em pregar só a judeus, Deus manda saírem. Essa ordem a propósito está na grande comissão: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Marcos 16:15
Jesus morreu para que sendo livres, não nos prendamos em um clã de libertos, mas para irmos à prisão levar o libertador aos cativos. O mundo não é nosso inimigo - o diabo o é -, ele é nosso campo de missão. Esconder-se do mundo não só nos bitola, como também nos impede de cumprirmos nosso dever.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Bem-Vindos a Bolha VI

Essa é sem dúvida a maior série de textos que tenho escrito, mas isso se deve por estar a muito tempo com essas coisas engasgadas na "goela", além de estudos que tive ano passado. Bom, vamos seguir com os resultados da bolha.
O que é uma bolha? No caso de uma fervura, é um conjunto de moléculas de ar em estado gasoso que está imerso em água e que por ser menos densa, tende a subir para o ar; no caso de sabão, é uma camada de sabão que isola uma quantidade de ar que é posta dentro dela.
Há uma semelhança grande entre ambas as formas de bolhas apresentadas: ambas tendem a separação, de uma forma ou de outra. Não tenha dúvida que é disso mesmo que falo quando digo que a igreja tem se colocado em uma bolha. Uma bolha que tem mais atrapalhado do que ajudado o crescimento da igreja.
A Igreja tem cada vez mais, se fechado ao mundo, de várias maneiras: no modo de se vestir, no "dialeto" que fala, em programas que só alcançam pessoas que já tem fé, pois geram repúdia dos não crentes, por programações feitas visando o "rebanho", através de medidas em seus seminários que bitolam os alunos em uma série de dogmas e os cegam da realidade, através de julgamentos sobre os outros entre outras coisas.
Muitas vezes, como já foi dito no segundo post (acho) por inocência ou desejo de se proteger, mas tantas outras vezes, como fruto de uma indústria e pastores que querem esse isolamento para poder lucrar e explorar pessoas.
O mundo atual nos instiga a pensarmos, a buscarmos novas opiniões sempre, mas isso não é interessante para quem domina, pois quanto mais a pessoa pensa, mais difícil é controla-la. E para quem quer explorar a fé, nada melhor do que criar a ideia de que se fechar do mundo, viver numa bolha onde só se fala de Jesus, muitas vezes sem nem usar a bíblia, é melhor, pois está falando de Jesus.
Vou ficar por aqui neste, porque estou ficando irritado ao escrever essas coisas e vou acabar falando algo que possa me arrepender depois. No próximo, vou comentar ante a bíblia esse isolamento.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Bem-Vindos a Bolha V

Vamos então falar de gospel! Quando penso nessa palavra, a primeira imagem que me vem na cabeça, é um coral de negros da igreja batista sulista dos EUA, tipo o da Vovó...zona. Aqueles solistas com vozes incríveis, e um coral sempre animado e que canta as músicas do fundo do coral com toda a sua animação.
Essa visão, apesar de ser fruto de um estereótipo do cinema, não é de todo errada, pois o gospel realmente se originou com os negros, desde os escravos, até as igrejas de negros livres. Não vou me ater muito aos fatos históricos do gospel no EUA, pois meu enfoque é mais no Brasil mesmo, mas se você quiser ler um pouco mais sobre essa história, pode ver no Dotgospel.com.
Agora no Brasil a história é diferente. Esse termo gospel, não tem absolutamente nenhuma relação com nosso país, ele foi importado para cá através de algumas gravadoras que queriam arrumar um jeito de aumentar seus lucros. Como a música gospel é uma música cantada nas igrejas, toda e qualquer música que fala de Jesus, acabou sendo classificada como gospel nas terras tupiniquins.
A música cristã, sempre era classificada pelo estilo: samba, coral, MPB, só tinha um enfoque cristão, mas não era segregada das outras, até porque era pouco conhecida também. Depois da criação do termo gospel no país, a música "evangélica" ficou toda junta em um pacote único para o mercado; todos os estilos se falassem de JC eram rotulados como gospel. Por um lado, isso gerou uma facilidade para quem buscava músicas com conteúdo cristão, mas em contraponto, ajudou a uma padronização da música além de afastar de certos ouvintes (que rejeitavam “crentes”) bons músicos simplesmente por serem "gospel".
O problema com o termo, a meu ver, é a importação feita para apenas fortalecer uma indústria, mas seguiremos em um novo texto, vendo alguns efeitos de tudo isso que foi colocado até aqui. Não percam.

terça-feira, 22 de março de 2011

Bem-Vindos a Bolha IV

Seguindo sobre nossa "amada" indústria, vamos ver um pouco como ela funciona: alguém faz uma música que agrada a um público. Alguns caras com dinheiro veem nessa música e nesse estilo uma maneira de ganhar dinheiro, então começam a lançar vários nomes que sequem exatamente aquele modelo que fez sucesso, o que chamamos de stander. Mas passado algum tempo, o comprador se cansa de só ter aquele padrão de produto, então sempre são lançados novas modas e standers, criando assim uma gama de opções para o consumidor. Com toda essa variedade, a pessoa sente que pode escolher o que gosta, não algo imposto a ela, além de ter outras coisas para ouvir, fazendo com que não se canse de um gênero específico.
Mas a parte mais cruel do "bum" da indústria gospel foi com certeza o imenso número de famosos que vendo o potencial do mercado, se "converteram". Diversas pessoas da mídia diziam crer em Jesus e que haviam se tornado evangélicos. Entretanto as atitudes de muitos eram totalmente opostas ao que estavam pregando, muitos viviam até pior do que antes dessas declarações, enquanto seus CDs e produtos lotavam as prateleiras de livrarias evangélicas (naquele tempo ainda não eram gospel).
Depois de algum tempo ficou claro para muitos a hipocrisia de tantos, o que gerou em várias pessoas um desprezo pela fé que dificilmente será tirado de seus corações, além de uma ideia de que os "crentes" não eram mais tão confiáveis como eram outrora.
Na sequência vamos saber um pouco sobre o porquê da adoção do termo gospel.

domingo, 20 de março de 2011

Bem-Vindos a Bolha III

Esse deve ser um dos mais polêmicos textos que vou escrever, da série não tenho dúvida, pois pode parecer que estou julgando as intenções de algumas pessoas e você pode se lembrar de alguém que gosta e achar que estou falando dessa pessoa, mas a verdade tem que ser dita e é o que farei.
No texto anterior falei um pouco sobre um motivo interno da igreja que pode levar seus membros ao isolamento em seus "clãs gospel", já nesse o assunto é mais em baixo, algo muito sujo, diria até maligno que ronda o mundo da fé: a indústria gospel.
Lembro que na minha infância existiam poucos CDs de música cristã (era assim que chamávamos naquela época), pois o mercado era pequeno e poucas eram as gravadoras também, além de uma seleção que havia do publico quanto a músicas de caráter e teologia questionável, mas com o passar dos anos, houve uma popularização tanto do "movimento evangélico" através das igrejas pentecostais, que chegaram a lugares onde as tradicionais não costumavam alcançar, como também dos equipamentos de áudio, através do crescimento da economia que possibilitou uma importação mais barata e fácil.
A partir de uma popularização da fé evangélica, surgiu uma grande demanda de materiais cristãos, o que para alguns empresários significava uma grande chance de lucrar. Começou então a haver um "bum" de CDs, livros, camisetas, marca páginas etc. Algumas marcas e personagens que sempre tiveram enfoque evangelístico foram parar na mão de empresários que os transformaram em marcas lucrativas.
Com a entrada de muitas pessoas no mercado consumidor, começou-se a priorizar cada vez menos a qualidade e o conteúdo de músicas e mais a produção em massa. Assim como no mercado comum de arte. Cada vez as músicas eram mais "pré-ouvidas", os livros "pré-lidos". Uma "arte" que não acrescenta nada ao indivíduo, algo que vem mastigado dentro de um modismo.
Cada vez mais a indústria aproveitava a moda: a igreja do momento é a do bispo E, então era um tremendo marketing em cima da igreja e das músicas deles; amanhã será a do pastor Y, já se criava o terreno pra poder ganhar em cima dele também. E assim a indústria gospel se torna uma máquina muito rica.
Ainda há muito que falar sobre isso, mas como o texto já está longo. Continuo na próxima postagem.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Bem-vindos a Bolha II

No último post comentei sobre uma bolha que costuma prender alguns crentes nas igrejas. Neste, irei comentar um pouco sobre como ela funciona e algumas das principais causas dela.
Imagine uma pessoa que acaba de se converter. Esta pessoa vê que tinha muitas coisas em sua vida que eram nocivas a ela. Então vai buscar se livrar delas. E do outro lado, vem a igreja dizendo que tudo que é do "mundo" é pecaminoso e mal, não existe nada de bom na humanidade, que a pessoa deve buscar só o que é de Jesus. Nosso amigo com certeza ira se livrar de todos os seus CD's, suas revistas, livros e qualquer coisa que possa ter que não seja ligada a Deus. Irá trocar seus CD's por CD's gospel, seus livros de pensadores por livros cristãos.
Não há problema algum em alguém gostar de música "gospel", querer ler livros teológicos, revistas cristãs ou coisas do tipo, não é isso que critico, mas sim o que geralmente ocorre: esse pessoal abandona toda e qualquer forma de cultura não "gospel" e adota uma cultura dita como certa, sem dar devida atenção a seu conteúdo a luz da bíblia, ou da sua qualidade. Aí que surgem tantos "rebolations da fé".
Muitas vezes, esse tipo de comportamento é gerado através de uma tentativa de defesa, pois há muitas coisas na sociedade que nos levam facilmente a cair, sem dúvida alguma, mas isso gera um efeito colateral: as pessoas ficam isoladas do mundo, fechadas dentro da bolha da igreja. Só transitam por ambientes "puros", só convivem com "irmãos", só consomem coisas de Jesus e só falam a língua da igreja.
O grande problema desta situação é que a igreja perde sua principal função: ser sal e luz no mundo, levar a palavra a toda criatura, pois está fechada em seu próprio mundo e com certeza, o mundo de uma igreja "bitolada" não atrai nenhum não cristãos para o seu interior. Porque deixar sua liberdade de fazer o que quer para entrar numa cadeia de fé e dogmas?
Continuamos discorrendo sobre esse tema no próximo texto.

terça-feira, 8 de março de 2011

Bem-Vindos à Bolha I

Achei a data de hoje extremamente propícia à postagem deste texto no qual venho pensando desde o ano passado, após ver um pacote de fraldas do Smilinguido. Geralmente no carnaval, as igrejas costumam fazer acampamentos (ou parte delas, como jovens, adolescentes). Acho que essa data é bem muito boa, por ser uma época do ano em que as pessoas geralmente estão fechadas a ouvir o evangélio. Penso assim muito por causa de minha visão racional ao extremo.
No carnaval buscamos nos fechar das coisas que são comuns dessa festa em busca de um relacionamento maior com os irmãos e com Deus. Acho muito bom e legal ter uma época para isso e acho o carnaval a época mais propícia a isso, mas não desse ponto que venho tratar em especial.
Estava eu na casa da minha vó no dia 31 de dezembro, quando ela me pede para comprar umas coisas na vendinha perto da casa dela. Fui e enquanto procura os produtos, me deparei com um pacote de fraldas do Smi. Essa visão desencadeou em mim um sentimento e uma reflexão que estava adormecida em mim.
Quando era pequeno, o Smilinguido era um personagem evangelístico, que aparecia em materiais com esta função. Gostava muito dele, mas depois de alguns anos ele foi refletindo para mim algo que acontecia com a fé: foi ficando comercial. Nossa formigamiga não estava mais estampando folhetos ou adesivos evangelísticos apenas, mas havia se tornado uma marca de "crente". É copo, caneca, toalha, caderno e por aí vai. Não estou querendo dizer que você não pode no seu caderno mostrar que é cristãos, não intendam errado. Mas cada vez menos ele cumpria sua função de evangelizar e tornou-se um símbolo de "crente".
Muitas vezes fazemos isso com as coisas da fé, como músicas, livros, revistas, roupas e tantas outras. É muito comum ver pessoas presas à fé. Isto mesmo, presas. Totalmente o oposto do que Jesus queria para nós. Muitos são, por suas igrejas, aprisionados numa "bolha" de proteção, que acaba alienando-os.
Como essa bolha funciona veremos no próximo texto. Não percam.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Uma escolha

  Depois de muuuuuito tempo volto a postar aqui e vim falar sobre arte de novo. Sempre que vejo uma obra artística algo mexe comigo. Hoje estava assistindo ao musical Nine. É um filme que retrata um famoso diretor de cinema italiano passando por uma crise, sem saber como fazer seu novo filme.
  Mas não vou ficar falando do filme. O que realmente quero falar sobre ele é uma frase que Guido (protagonista) diz ao perceber para onde havia levado sua vida. A frase é a seguinte: por causa de uma escolha errada no caminho, a gente erra... todas as demais... e acaba longe de onde de onde queria estar e perdido.
  Fiquei pensando muito nisso e me lembrei de uma parábola "matemática" (que coisa de nerd mesmo) sobre a vida cristã: não desvie do caminho nem um grau para os lados, pois agora você parece perto, mas depois de muito caminhar, verá o quão longe o caminho ficou de você.
  Caso alguém não tenha entendido, faça uma reta numa folha e depois faça outra com uma abertura de ângulo pequena. Depois compare a distância no começo das linhas com a do final. Fico pensando em como geralmente desconsideramos coisas que julgamos pequenas, às vezes uma escolha simples e quando nos tocamos estamos na lama.
  Aí você pensa: cara, não posso errar nas escolhas, porque senão to "lascado"! Realmente algumas escolhas são assim mesmo, como puxa um gatilho por exemplo, pode não ter volta, mas nem tudo na vida é tão radical. É justamente pra essas situações que chamo a atenção, pois você não vai sair matando pessoas por aí, pois é algo bem grave, mas outras coisas relevamos, como por exemplo, comprar um produto pirata. Achamos que é algo pequeno, mas é tão errado quanto qualquer outra coisa.
  O que realmente quero dizer, é que devemos tomar uma decisão radical que muda tudo na nossa vida: sermos verdadeiros cristãos, não apenas religiosos, mas como os de Atos, que são assim chamados por serem "cópias" de Cristo. Essa é uma decisão radical que faz bem para nós e para o mundo e nos levará não longe negativamente, mas muito além do que planejamos e sonhamos.