sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Essas Novelas


No dia de publicação desse texto, estava acontecendo o fenômeno do ultimo capítulo da Avenida Brasil, novela das 21hrs da Globo. Fiquei abismado em ver como uma simples novela pode causar tanto alvoroço e tanta discordância entre cristãos. A opinião que vou expor aqui talvez surpreenda muita gente sobre o que penso sobre elas, mas vamos lá.
                Durante grande parte da minha infância vi muitos pastores falando mal das novelas, dizendo que elas não eram coisas boas, que só incentivavam uma vida de escárnios, pecados, luxúria etc. Mas ao mesmo tempo incentivavam agente a ler buscar cultura e conhecimento. Mas o que acho que muitos deles até hoje não perceberam é que a teledramaturgia é a principal frente cultural brasileira. Muitos países não sabem o que é bossa nova, mas conhecem a Escrava Isaura.
                As novelas nada mais são do que uma expressão artística, assim como música, livro, cinema, escultura etc. Mas por alguma razão a Igreja tem o hábito de colocar algumas artes, ou partes delas como coisas do demônio, como foi com vários estilos musicais, com muitas danças, com alguns livros e por aí vai.
                Na minha humilde opinião, se você gosta dessa linguagem artística, tem mais é que ver mesmo. Assista, curta, de divirta, aprenda, mas assim como tudo que está a nossa volta, filtre. Sou músico e como tal, tenho que conhecer um pouco de tudo que existe aí, apesar dos meus gostos. E mesmo dentro do que não gosto, sei que existem coisas muito boas, as quais respeito. Minha crise com as novelas atuais, pra quem sabe que não as curto, é que elas andam tendo um nível muito fraco, não gosto de algo que ao ver um capítulo já sei o que vai acontecer no fim, como foram com as ultimas 4 das 19hrs, que são as únicas que tenho algum contato. Mas se você gosta delas, ao contrário do que muitos dizem, assista e seja feliz. Se você não gosta, não assista e seja feliz.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Breve Reflexão Pós-Assalto


Tava há um tempo sem escrever, mas depois do ocorrido tenho que por no papel um pouco do que tenho passado. To quebrando a série, mas tem coisas que são mais importantes para mim no momento do que uma simples sequência. Fomos assaltados aqui em casa, foi uma experiência muito ruim e um tanto o quanto incomoda, não há como dizer o contrário. Incrivelmente devo dizer que me surpreendi com a calma e tranquilidade com a qual passei essa prova. Deve uma hora que te tanto olhar pro chão, sem falar nada, nem me mexer, quase dormi durante a ocorrência.
O que toda essa experiência me fez pensar, não foi o clichê de que “nossa, como a nossa vida é um sopro, em um segundo pode acabar”, se bem que é verdade, mas sim, como nós pomos as coisas muito à frente das pessoas. Muito dessa violência que temos é fruto ou de alguém que põem ou bem ou uma sensação acima de tudo.
Esse quadro não é algo que ocorra só com bandidos, mas no dia a dia também. Quando ofendemos alguém por causa de uma vaidade nossa, por achar que o que temos nos faz melhor, por colocar a aparência acima do ser, quando ignoramos um pedido de alguém em prou do nosso conforto etc.
É triste ver que no âmbito social, isso começa com os políticos, que deveriam zelar pelo povo, mas usam seu poder e condição para se enriquecer mais, para facilitar o enriquecimento de empresários parceiros entre outras coisas do tipo. E isso tudo acaba deixando o povo na merda. E numa cultura que prega que o ter é o mais importante, o cara que não tem perspectiva nenhuma, acaba mandando tudo a merda e usando de meios ilícitos pra poder se sentir alguém.
Espero que um dia essa sociedade se torne um pouco mais justa e que situações tristes assim possam acabar, mas provavelmente isso não é nada mais do que uma utopia da minha cabeça.